Estrutura e Recintos


O CEREIAS tornou-se referência nacional como um centro de reintrodução de animais selvagens por sua estrutura, única entre todos os outros Centros semelhantes existentes no Brasil. Hoje conta com sala de recepção, clínica, três salas de quarentena, isolamento, biotério, câmara fria e cozinha adequada para o preparo das dietas dos animais, 71 viveiros diferenciados para abrigar as diferentes espécies de aves, mamíferos e répteis, centro de recepção de visitantes com coleção de fauna e viveiros para animais mutilados, além de alojamento para possibilitar o desenvolvimento de projetos de pesquisa, estágios e o treinamento de alunos de ciências biológicas, medicina veterinária e zootecnia em manejo de animais selvagens.


Seriedade e compromisso

No protocolo do Centro consta toda a documentação necessária para um acompanhamento individual de cada animal recebido, com elaboração de termos de apreensão, resgate ou entrega voluntária, fichas de entrada, de controle individual, de controle veterinário (exames e tratamento), de cadastro de áreas para soltura, termos de soltura ou transferência e relatórios da movimentação dos animais. Na chegada, os animais são colocados nas gaiolas da sala de recepção com água e alimentação apropriada, onde se recuperam do estresse da viagem. Então, todos são identificados, pesados e as informações coletadas direcionam o manejo indicado para cada um.

As aves são anilhadas e os répteis são marcados com microchip, possibilitando a futura obtenção de dados em pesquisas de ecologia e conservação das espécies. Periodicamente são coletadas amostras de fezes do plantel de aves, mamíferos e répteis para exames coproparasitológicos realizados pelo médico veterinário, sendo a medicação acompanhada individualmente. Tais procedimentos visam evitar a contaminação ambiental nas mais de 250 áreas de soltura já cadastradas, localizadas em propriedades particulares em municípios no ES, norte de RJ, leste de MG e sul da BA, após a realização de vistoria onde são observados a qualidade ambiental, tamanho da propriedade, distância de vilas, conscientização ambiental do proprietário e vizinhança, entre outros.

Devido ao contato com pessoas, alguns animais apresentam comportamento pouco característico para sua espécie, sendo necessária a readaptação alimentar e comportamental, até que estejam aptos à vida na natureza. Este processo pode levar mais de um ano. Se as condições dos animais forem boas, o período de quarentena dura em média 30 dias. Quando o animal apresenta condições normais de saúde, de alimentação e de comportamento, é considerado apto à soltura. O transporte para as solturas é realizado de forma apropriada, nas horas mais frescas do dia, minimizando o estresse dos animais. Quando sua distribuição geográfica abrange outros estados, são transferidos para reintrodução em suas regiões de origem.